terça-feira, 16 de dezembro de 2008

mesma moeda

comíamos como bons burgueses.
café da manhã vasto em frente à grande janela aberta.
além da janela, do outro lado da rua, dois trabalhadores levantavam uma parede.
suados, retinham e respiravam pó de cimento.
não houve troca de olhares entre eles e nós, mas se houvesse eu não saberia distinguir quem era espectador e quem era peça.

Nenhum comentário: