sábado, 30 de abril de 2011

das novas fases da tradição

hoje à tarde disse que queria ser imortal da academia.
não quero mais.
não quero fazer parte de nada que abrace josé sarney e dispense mario quintana.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

ím-pares

-mas tão boa idéia, de quem terá sido, meu irmão?
-minha.
-e como não? isso quase me entristece... é como se as chances de encontrarmos mais exemplares que somos se esvaísse um pouco mais.

domingo, 24 de abril de 2011

na margem da via

consolação
salpicada de lustres
luzes, relâmpagos, estrelas
asfaltada constelação.

pra quem não tem

demorei mas consegui desabafar.
há tempos queria me expressar e as palavras não vinham.
vinham palavras.
não palavras ideais.
só considero expressão quando atinjo as palavras ideais.
pra quem tem um único dom, não usá-lo seria heresia.
um texto sem palavras ideais é só um balbuceio, um chiado no peito.
diferente das palavras ditas, quando qualquer uma serve pra cessar a disritmia.
fico específica, não quero ser mal compreendida.
e na minha especificidade me surpreendo com a abrangência de mim.

quase 3

antes de dormir ela me lembra a palavra que eu procurava nos espaços simétricos e cínicos da psique. é a fada dos esquecidos.

sábado, 23 de abril de 2011

lima

como posso ser doce e ácida?
nenhum sabor me define, nenhuma sensação gustativa.
meu teor é alto e não tenho textura
nem flavour, nem flavour...