quarta-feira, 28 de outubro de 2009

sem fio

maravilha moderna, pra mim, é azeitona sem caroço.

o vendedor, os mestres, e o que que eu tô fazendo aqui.

daí você entra no blog dela.

e lê um post sobre livros de auto-ajuda serem considerados livros de psicologia.
daí você lê o nome "augusto cury" e ri por dentro, lembrando daqueles banners que invariavelmente dizem "o livro que vai mudar sua vida", com uma foto do autor-pimpão e uma luzinha de mistério incidindo na cara. realmente patético.
enfim, eis que você resolve comentar o post e, para isso, precisa de um nome de livro do tal autor-pimpão.
wikipedia.
e é nesse momento que as coisas criam vida e você percebe que o mundo tá um pouco mais grave do que aquilo que você já tinha conseguido decifrar.
afora o batidíssimo e mais-previsível-impossível "dez mandamentos para ser feliz", o bendito sr.auto-ajuda teve a capacidade de tirar do liquidificar da filosofia barata os títulos mais risíveis.
desfrute.

- os segredos do pai-nosso
- escola da vida: harry potter no mundo real
- escola da inteligência
- o código da inteligência
- o vendedor de sonhos
- o vendedor de sonhos: o chamado
- o vendedor de sonhos e a revolução dos anônimos
- o mestre da vida
- o mestre do amor
- o mestre da sensibilidade
- o mestre inesquecível

e a cereja da desgraça:
- o mestre dos mestres

rá!
é piada, né?

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

aqui dentro

me esguelho no meio das telhas e gotejo no meio da sala.

os faróis já vão abrir

na paulista o pôr-do-sol se esconde nas transversais e, para vê-lo, é preciso procurar entre os semáforos, fios, carros, prédios, raras árvores e pedestres apressados.
lá está ele.
numa silhueta disforme e diminuta, faixas de laranja e lilás enfeitam esse caos,
e quase ninguém nota.
um quarteirão mais e, volto a vê-lo.
mais azul, dessa vez.
a cada quarteirão as cores adaptam-se mais e mais à hostilidade do horizonte.
90 graus acima o preto já impera e, atrás de mim, uma tímida lua não ousa competir com os luminosos.
espetáculo urbanóide, tão pouco aproveitado.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

j.g.r.

mas essa saudade latente que bate assim, sempre às 4 da tarde.
essa saudade de quem não dá desculpa pra má vontade, de quem compartilha até a preguiça.
do choro se é pra chorar e do riso se é de rir, ainda assim, com densidade.
de quem cria e se angustia e bebe e topa-tudo e entende que a culpa de agora vira história,
que é o que conta, afinal.
sinto falta daquela genuinidade que por lá não se vê mais e por aqui nunca se viu.
aquela coisa terrena de ser o que se é e pronto.
tava achando que era nostalgia mas não sei não... tem coisa que muda 'antecipado', mas logo a gente muda também e tudo se iguala.
ou vice-versa.
e se a falta se iguala tá tudo em casa, não?
é falta de quê, menina?
é falta de julia.

saidêra

entre lanternas japonesas e tampinhas de garrafa ele dançava uma valsa imaginária.
as pernas atropelavam-se, enquanto, dentro das órbitas, os olhos discutiam a relação.
a língua tentava explicar para ninguém o porque dele ter atrasado.
pouco abaixo um pulmão recostou-se no outro como quem diz "vam bora?", e o coração acordava assustado de tempos em tempos.
a única coisa ali que parecia ter compasso, era a valsa.
mas a noite estava ótima.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

mj lives

queria deixar aqui registrado (ainda que o único motivo plausível para tal seja o orgulho besta de um dia poder gritar "eu não disse!?") que eu, sem ironia alguma,

acredito que michael jackson esteja vivo.

se eu tivesse como provar eu seria a pessoa mais feliz e rica do mundo, mas eu acredito mesmo que é uma jogada de marketing boa demais para nunca ter sido realizada na nossa era-da-propaganda.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

critério

a riqueza não se mede pelas coisas que adquirimos,
mas sim por aquelas que temos a coragem de nos abster.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

amor co'ora marcada

todo descomprometimento de um amor
que se equilibra em bons momentos
sem pudor, sem cobrança, sem criança ou traição
porque não há consequência quando não há pocessão
é tão bom o deixa estar sem deixa disso
o dá se der sem dá ou desce
que pelo dito popular
se deus dará
quem há de me condenar?

domingo, 4 de outubro de 2009

ciclo

últimos 45 minutos de 20 anos de idade... e depois nunca mais.
nunca mais é uma frase que dói.
e aconteceu, acontece, acontecerá agora-em-todo-instante.
ser gente, é mesmo, outra alegria.

a falta onipresente

o mundo é ateu.
tá, eu sei que não é.
notícia boa sempre demora a chegar.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

pois é, pra quê?

com os 20 e poucos batendo na porta, nenhuma certeza, nenhuma resposta, nem mesmo alguma razão.
não sei se espero ou desespero.