sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

o batente da porta

ela se equilibrou. agarrou-se na esclerótica. não teve jeito, caiu.
logo, como fênix, renasceu. ficou ali, na canoa do olho, até se encher de si e se jogar.
escorreu.
ele chorando me irrigava.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

descomplicando

quando você diz algo culto e o interlocutor responde "te amo", de duas uma: ou trata-se de um ignorante que se defende de seu estado sendo doce, ou é o amor da sua vida mesmo.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

ainda pulsa

eu gosto dos tons arroxeados
da fragilidade
dos corpos machucados
o sintoma, a enfermidade
os hematomas e os coágulos.

a dor no membro amputado.