esperança
que maldito sentimento é este
pintado com a cor prepotente da sacralidade?
não aprendestes ainda que só terás paz ao livrar-te dele?
repousa-te no azul marinho do sofá e adapta-te.
é nisso que meu sonho deveria condensar-se: pixel.
o problema é que eu não sonho com os olhos.
quarta-feira, 29 de abril de 2009
paris bem vale uma missa
vou privatizar meus sonhos
já não dou mais conta deles
o pedágio que nos separa
anda caro demais.
já não dou mais conta deles
o pedágio que nos separa
anda caro demais.
segunda-feira, 27 de abril de 2009
domingo, 26 de abril de 2009
sábado, 25 de abril de 2009
sim.one
da janela, hoje, ouvi sua voz.
que belo presente me foi.
hesitei em parar os afazeres e te encontrar
e nisso, perdi o momento.
mas aquele tímbre me ficou,
que belo presente me foi.
que belo presente me foi.
hesitei em parar os afazeres e te encontrar
e nisso, perdi o momento.
mas aquele tímbre me ficou,
que belo presente me foi.
quinta-feira, 23 de abril de 2009
monocromático no país da cor infância
com qual altruísmo ele se balançava ao ranger da madeira podre, lavado à seco pela ferrugem.
pelo vai-e-vento vislumbrava um pouco além do horizonte.
como se a vida dependesse disso.
talvez dependesse.
na parábola que vivia, a austeridade ao fim da grama, não passava de adubo.
pelo vai-e-vento vislumbrava um pouco além do horizonte.
como se a vida dependesse disso.
talvez dependesse.
na parábola que vivia, a austeridade ao fim da grama, não passava de adubo.
quinta-feira, 16 de abril de 2009
shhh
mas aquela velha teoria de que demonstrar sentimentos é brega, não cola mais.
eu venho em defesa da voz, da expressão.
abaixo a auto-censura, a defesa pré-vista.
que venham mais palavras, mais letras, mais gestos.
pra que tanto medo do outro?
pra que recusar o sorriso, o bom dia?
vamos todos por a bunda na janela.
arriscar é preciso.
eu venho em defesa da voz, da expressão.
abaixo a auto-censura, a defesa pré-vista.
que venham mais palavras, mais letras, mais gestos.
pra que tanto medo do outro?
pra que recusar o sorriso, o bom dia?
vamos todos por a bunda na janela.
arriscar é preciso.
terça-feira, 14 de abril de 2009
quinta-feira, 9 de abril de 2009
whatafuck?!
tive um twitter por pouco mais de 24 horas, no ano passado, por pura obrigação acadêmica, quando uma professora modernosa resolveu dar uma prova pela ferramenta.
não fui contra, mas não pode-se dizer que a atividade foi levada a sério.
o fato é que nesses momentos em que pude desfrutar da futilidade "twittana", me dei conta da crescente tendência de minimizar.
por que isso veio à tona agora?
simples, onde eu olho eu vejo a palavra "twitter" e, pra quem não sabe (onde você esteve?), a principal característica dessa praga é ter míseros 140 caracteres a disposição do autor (pra se ter noção, só a primeira frase desse post tem 160 caracteres!).
fora que as postagens, na esmagadora maiorias dos perfis, contentam-se em informar inutilidades do tipo "estou no banho", "estou esfregando a barriga do meu cachorro", "acabei de voltar do shopping" e por aí vai...
outros perfis tem o objetivo de copiar e repassar links (interessantes ou não), ou pior, simplesmente colecionar seguidores.
essa haikailização, somada à incrível falta de criatividade e de crítica dos usuários, simplesmente me assusta.
não me refiro só ao twitter.
jornais televisivos ou radiofônicos e suas notícias-pílulas, o medo de livros grossos, a conversa sms, o termine logo, aprenda rápido, o volte depressa e as conclusões. ah... as conclusões!
o processo natural de ter contato com o assunto>entender>refletir>concluir, foi amputado!
pula-se do ficar sabendo para a conclusão-senso-comum.
ninguém discute, ninguém pensa, só cumprem ordens, seguem a lei natural da vida (?!) e concordam, e se conformam e vão levando.
não fui contra, mas não pode-se dizer que a atividade foi levada a sério.
o fato é que nesses momentos em que pude desfrutar da futilidade "twittana", me dei conta da crescente tendência de minimizar.
por que isso veio à tona agora?
simples, onde eu olho eu vejo a palavra "twitter" e, pra quem não sabe (onde você esteve?), a principal característica dessa praga é ter míseros 140 caracteres a disposição do autor (pra se ter noção, só a primeira frase desse post tem 160 caracteres!).
fora que as postagens, na esmagadora maiorias dos perfis, contentam-se em informar inutilidades do tipo "estou no banho", "estou esfregando a barriga do meu cachorro", "acabei de voltar do shopping" e por aí vai...
outros perfis tem o objetivo de copiar e repassar links (interessantes ou não), ou pior, simplesmente colecionar seguidores.
essa haikailização, somada à incrível falta de criatividade e de crítica dos usuários, simplesmente me assusta.
não me refiro só ao twitter.
jornais televisivos ou radiofônicos e suas notícias-pílulas, o medo de livros grossos, a conversa sms, o termine logo, aprenda rápido, o volte depressa e as conclusões. ah... as conclusões!
o processo natural de ter contato com o assunto>entender>refletir>concluir, foi amputado!
pula-se do ficar sabendo para a conclusão-senso-comum.
ninguém discute, ninguém pensa, só cumprem ordens, seguem a lei natural da vida (?!) e concordam, e se conformam e vão levando.
quarta-feira, 8 de abril de 2009
terça-feira, 7 de abril de 2009
we are the robots
mesmo sem saber o que quero e, portanto, não sabendo se faço o que quero, ainda me sobra uma insatisfação.
sábado, 4 de abril de 2009
não desperdice um segredo
mas ei broto, quer dar uma volta no meu carango, sentir o vento nos cabelos e ouvir um rock'n roll?
a vida é curta, garota, e todos nós sabemos disso.
você precisa de mais ação na sua vida, vamos pegar a auto-estrada e simplesmente não fazer planos. não nos preocuparemos com nada, um minuto de cada vez.
sem rumo, tá sabendo?
você com botas surradas, eu passo o pente no topete, não se incomode com a poeira, isso é a vida, baby.
pule no possante envenenado, fugiremos pro sul ouvindo johnny cash e chuck berry enquanto você tenta descobrir porque veio, broto.
a vida é curta, garota, e todos nós sabemos disso.
você precisa de mais ação na sua vida, vamos pegar a auto-estrada e simplesmente não fazer planos. não nos preocuparemos com nada, um minuto de cada vez.
sem rumo, tá sabendo?
você com botas surradas, eu passo o pente no topete, não se incomode com a poeira, isso é a vida, baby.
pule no possante envenenado, fugiremos pro sul ouvindo johnny cash e chuck berry enquanto você tenta descobrir porque veio, broto.
quarta-feira, 1 de abril de 2009
por entre
pelo vidro
colméia concreta
me serve de paisagem
nada mais que personagens
urbana tribo
que o sol me veta
horizonte, cinza imagem
silhueta de apogeu
no reflexo, mais novela
de lá pra cá
de paisagem
sirvo eu
colméia concreta
me serve de paisagem
nada mais que personagens
urbana tribo
que o sol me veta
horizonte, cinza imagem
silhueta de apogeu
no reflexo, mais novela
de lá pra cá
de paisagem
sirvo eu
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