sexta-feira, 29 de julho de 2011
domingo, 10 de julho de 2011
i ny sp
eu queria estar num grande gramado, onde a grama é fofa como nenhuma outra, onde os esquilos dançam pros turistas e os nativos jogam freesbie.
onde senhores levam seus passarinhos enjaulados para tomar sol, onde, depois das árvores tem uma grande plantação de prédios.
eu queria cerejas e raspberrys frescas pra brincar de amelie poulain.
eu queria ver aquelas cercas brancas de novo, e as bicicletas jogadas na calçada, sem medo.
os imensos museus, os luminosos, os musicais, as figuras, os pratos crudívoros e os pubs de subsolo.
que saudades da cidade que me ama.
eu queria levar tudo que eu amo daqui para lá, e assim, devolver o "i love" para SP.
onde senhores levam seus passarinhos enjaulados para tomar sol, onde, depois das árvores tem uma grande plantação de prédios.
eu queria cerejas e raspberrys frescas pra brincar de amelie poulain.
eu queria ver aquelas cercas brancas de novo, e as bicicletas jogadas na calçada, sem medo.
os imensos museus, os luminosos, os musicais, as figuras, os pratos crudívoros e os pubs de subsolo.
que saudades da cidade que me ama.
eu queria levar tudo que eu amo daqui para lá, e assim, devolver o "i love" para SP.
quarta-feira, 6 de julho de 2011
sexta-feira, 17 de junho de 2011
boas vibrações
a vibração externa oscila
e átomo por átomo
recebo o melhor e o pior
que o universo me oferece
de peito aberto
- pois sentir é preciso -
seja lá o que for.
e lidar com isso mantendo a calma e o ofício
foi a maior sabedoria que eu poderia adquirir
rápida como epifania
da dor à arte
a vibração que me chega muda,
mas nunca a que eu emano.
e átomo por átomo
recebo o melhor e o pior
que o universo me oferece
de peito aberto
- pois sentir é preciso -
seja lá o que for.
e lidar com isso mantendo a calma e o ofício
foi a maior sabedoria que eu poderia adquirir
rápida como epifania
da dor à arte
a vibração que me chega muda,
mas nunca a que eu emano.
quarta-feira, 8 de junho de 2011
ho ménage
meu amor vai dormir
e eu fico alerta,
a mente, aberta,
a conduzir enredos
regendo miragens
e os dedos
abrindo passagens,
concedo,
ainda que não me conforme,
sem medo do seu julgamento,
me permito o alento.
pois dormes.
e eu fico alerta,
a mente, aberta,
a conduzir enredos
regendo miragens
e os dedos
abrindo passagens,
concedo,
ainda que não me conforme,
sem medo do seu julgamento,
me permito o alento.
pois dormes.
quinta-feira, 2 de junho de 2011
simples.mente
eu cheguei a conclusão que o importante mesmo é gostar de quem se é,
de onde se está e do que se pretende...
e se não gostar, ter força pra mudar.
só isso.
o resto é prazer que se dá atenção ou pena que se possa ignorar.
de onde se está e do que se pretende...
e se não gostar, ter força pra mudar.
só isso.
o resto é prazer que se dá atenção ou pena que se possa ignorar.
terça-feira, 31 de maio de 2011
astro.lógica
sou libriana, pelo horóscopo grego
no cigano sou moeda, no chinês sou dragão
todos tentam definir meu ego
e todos chegam a mesma conclusão
no horóscopo asteca sou cana
no druida sou bambu, no xamânico sou corvo
todos dizem que tenho força e gana
e que toda arte absorvo
todos dizem que prezo pela liberdade
e que à imparcialidade faço jus
no horóscopo egípcio sou maat, a deusa da verdade
e no céltico sou cruz.
no eneagrama sou tipo 4
e na numerologia sou 5 e 7
que somados dão 12, fato.
melhor número nesse joguete
todos os misticismos
afirmam que tenho auto-confiança
que tenho paciência e dou valor ao romantismo
e que defendo a justiça e a mudança.
mas nem eu mesma sei quem sou,
deixo a responsabilidade de generalizar meu gênio aos místicos
só os ventos do destino sabem onde eu vou
e quais são os meus dons característicos.
no cigano sou moeda, no chinês sou dragão
todos tentam definir meu ego
e todos chegam a mesma conclusão
no horóscopo asteca sou cana
no druida sou bambu, no xamânico sou corvo
todos dizem que tenho força e gana
e que toda arte absorvo
todos dizem que prezo pela liberdade
e que à imparcialidade faço jus
no horóscopo egípcio sou maat, a deusa da verdade
e no céltico sou cruz.
no eneagrama sou tipo 4
e na numerologia sou 5 e 7
que somados dão 12, fato.
melhor número nesse joguete
todos os misticismos
afirmam que tenho auto-confiança
que tenho paciência e dou valor ao romantismo
e que defendo a justiça e a mudança.
mas nem eu mesma sei quem sou,
deixo a responsabilidade de generalizar meu gênio aos místicos
só os ventos do destino sabem onde eu vou
e quais são os meus dons característicos.
quarta-feira, 4 de maio de 2011
sr.mas e sra.se
-mas...
-você é cheio disso, "mas". cheio de "mas'es".
você quer o futuro sem nem ter vivido o presente.
você vive na expectativa. faltam anos. faltam meses e dias.
faltam horas.
eu estou aqui.
a-g-o-r-a.
fale comigo.
- você tem um ponto. aceita café?
-aceitaria se.
-você é cheio disso, "mas". cheio de "mas'es".
você quer o futuro sem nem ter vivido o presente.
você vive na expectativa. faltam anos. faltam meses e dias.
faltam horas.
eu estou aqui.
a-g-o-r-a.
fale comigo.
- você tem um ponto. aceita café?
-aceitaria se.
sábado, 30 de abril de 2011
das novas fases da tradição
hoje à tarde disse que queria ser imortal da academia.
não quero mais.
não quero fazer parte de nada que abrace josé sarney e dispense mario quintana.
não quero mais.
não quero fazer parte de nada que abrace josé sarney e dispense mario quintana.
quinta-feira, 28 de abril de 2011
segunda-feira, 25 de abril de 2011
ím-pares
-mas tão boa idéia, de quem terá sido, meu irmão?
-minha.
-e como não? isso quase me entristece... é como se as chances de encontrarmos mais exemplares que somos se esvaísse um pouco mais.
-minha.
-e como não? isso quase me entristece... é como se as chances de encontrarmos mais exemplares que somos se esvaísse um pouco mais.
domingo, 24 de abril de 2011
pra quem não tem
demorei mas consegui desabafar.
há tempos queria me expressar e as palavras não vinham.
vinham palavras.
não palavras ideais.
só considero expressão quando atinjo as palavras ideais.
pra quem tem um único dom, não usá-lo seria heresia.
um texto sem palavras ideais é só um balbuceio, um chiado no peito.
diferente das palavras ditas, quando qualquer uma serve pra cessar a disritmia.
fico específica, não quero ser mal compreendida.
e na minha especificidade me surpreendo com a abrangência de mim.
há tempos queria me expressar e as palavras não vinham.
vinham palavras.
não palavras ideais.
só considero expressão quando atinjo as palavras ideais.
pra quem tem um único dom, não usá-lo seria heresia.
um texto sem palavras ideais é só um balbuceio, um chiado no peito.
diferente das palavras ditas, quando qualquer uma serve pra cessar a disritmia.
fico específica, não quero ser mal compreendida.
e na minha especificidade me surpreendo com a abrangência de mim.
quase 3
antes de dormir ela me lembra a palavra que eu procurava nos espaços simétricos e cínicos da psique. é a fada dos esquecidos.
sábado, 23 de abril de 2011
lima
como posso ser doce e ácida?
nenhum sabor me define, nenhuma sensação gustativa.
meu teor é alto e não tenho textura
nem flavour, nem flavour...
nenhum sabor me define, nenhuma sensação gustativa.
meu teor é alto e não tenho textura
nem flavour, nem flavour...
quinta-feira, 31 de março de 2011
hermética
não há placa indicando para que lado ir. não há protocolo. eu não assino em lugar nenhum. sou toda sentidos. nem o corpo responde mais. é como se a mente fosse auto-suficiente. faço fotossíntese, entro em combustão espontânea. mas ainda estou aqui. sentindo e sentindo e me permitindo sentir. dói, mas é melhor que nada.
quinta-feira, 17 de março de 2011
para gisele
o ar é um trauma.
ao entrar pela primeira vez em pulmões delicados, afoga.
asfixia.
o ar que antes de inundar as visceras assusta,
e depois torna-se indispensável.
assim é ela.
uma brisa fresca.
a brisa que faz girar seus cataventos coloridos.
a respiração que eu sinto por entre máscaras diformes.
seu sopro, que leva ao limite a fina camada de chiclete, deixando transparecer a sua boca.
deixando transparecer a sua alma.
eu a enxergo em cada pedaço açucarado de vida, em cada garfada de seu parco apetite.
eu a enxergo com sua sensualidade infantil, com seus dilemas.
eu a enxergo por entre lentes.
ela me enxerga por entre lentes.
ela registra por entre lentes.
eu a registro.
ao entrar pela primeira vez em pulmões delicados, afoga.
asfixia.
o ar que antes de inundar as visceras assusta,
e depois torna-se indispensável.
assim é ela.
uma brisa fresca.
a brisa que faz girar seus cataventos coloridos.
a respiração que eu sinto por entre máscaras diformes.
seu sopro, que leva ao limite a fina camada de chiclete, deixando transparecer a sua boca.
deixando transparecer a sua alma.
eu a enxergo em cada pedaço açucarado de vida, em cada garfada de seu parco apetite.
eu a enxergo com sua sensualidade infantil, com seus dilemas.
eu a enxergo por entre lentes.
ela me enxerga por entre lentes.
ela registra por entre lentes.
eu a registro.
aqui
hoje faz um mês.
um mês tão maluco, tão corrido, tão incrível, que parece um ano.
há um mês minha vida se encheu de cataventos e novos ares.
minha casa se encheu de esqueiros, risadas e pessoas extraordinárias.
minha mente se encheu de idéias.
e meu espírito de ímpeto.
um mês tão maluco, tão corrido, tão incrível, que parece um ano.
há um mês minha vida se encheu de cataventos e novos ares.
minha casa se encheu de esqueiros, risadas e pessoas extraordinárias.
minha mente se encheu de idéias.
e meu espírito de ímpeto.
quarta-feira, 9 de março de 2011
petit
sempre achei as letras maiúsculas grosseiras, dominadoras em demasia.
um chamar-atenção arrogante, desnecessário.
por isso escrevo pequeno.
um chamar-atenção arrogante, desnecessário.
por isso escrevo pequeno.
terça-feira, 1 de março de 2011
os melhores homens com quem já fui pra cama - e algumas mulheres.
hermann, o hesse, certamente foi um deles. calmo e transcendental.
suas palavras são mantras, são lúdicas. uma viagem estar com ele.
o velho bukowski, pornográfico e libertino, me conquista pela fina vulgaridade.
pela falta de pudor...de bom senso, até. como não amá-lo?
então vem carroll com suas idéias lisérgicas, seu colorido monocromático, sempre me escapando pelos dedos.
edgar a. poe coloca um pouco de violência na minha cama. terror psicológico. o quarto cheira mistério e eu sempre me entrego.
luke rhinehart é platônico, e talvez por isso seja meu preferido.
carpinejar, o sedutor burocrático... palahniuk, o esquizofrênico...huxley, leminski.
só para citar mais alguns.
quando me canso deles chamo clarice.
sua delicadeza bruta me domina e inspira. tenho noites inesquecíveis com essa mulher.
com florbela o buraco é mais embaixo. mais metódica, sua fluidez romântica por vezes me engole, mas ainda me fascina.
nem toda masturbação é física.
suas palavras são mantras, são lúdicas. uma viagem estar com ele.
o velho bukowski, pornográfico e libertino, me conquista pela fina vulgaridade.
pela falta de pudor...de bom senso, até. como não amá-lo?
então vem carroll com suas idéias lisérgicas, seu colorido monocromático, sempre me escapando pelos dedos.
edgar a. poe coloca um pouco de violência na minha cama. terror psicológico. o quarto cheira mistério e eu sempre me entrego.
luke rhinehart é platônico, e talvez por isso seja meu preferido.
carpinejar, o sedutor burocrático... palahniuk, o esquizofrênico...huxley, leminski.
só para citar mais alguns.
quando me canso deles chamo clarice.
sua delicadeza bruta me domina e inspira. tenho noites inesquecíveis com essa mulher.
com florbela o buraco é mais embaixo. mais metódica, sua fluidez romântica por vezes me engole, mas ainda me fascina.
nem toda masturbação é física.
segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011
sexta-feira, 28 de janeiro de 2011
o batente da porta
ela se equilibrou. agarrou-se na esclerótica. não teve jeito, caiu.
logo, como fênix, renasceu. ficou ali, na canoa do olho, até se encher de si e se jogar.
escorreu.
ele chorando me irrigava.
logo, como fênix, renasceu. ficou ali, na canoa do olho, até se encher de si e se jogar.
escorreu.
ele chorando me irrigava.
quinta-feira, 27 de janeiro de 2011
descomplicando
quando você diz algo culto e o interlocutor responde "te amo", de duas uma: ou trata-se de um ignorante que se defende de seu estado sendo doce, ou é o amor da sua vida mesmo.
segunda-feira, 3 de janeiro de 2011
ainda pulsa
eu gosto dos tons arroxeados
da fragilidade
dos corpos machucados
o sintoma, a enfermidade
os hematomas e os coágulos.
a dor no membro amputado.
da fragilidade
dos corpos machucados
o sintoma, a enfermidade
os hematomas e os coágulos.
a dor no membro amputado.
Assinar:
Postagens (Atom)