ela pisava, descalça, pelas amoras do parque.
havia uma fina diferença entre pisoteá-las assim,
ou com o velho all star.
o tênis espalharia a fruta pelo chão, quase sem propósito,
sujando-se em ato de sutil arrogância.
o pé não.
o pé é quase tão vítima e amante quanto a fruta.
a fruta massageia o pé, o pé entrega-se ao sumo.
a terra aprova.
3 comentários:
Adoro visitar seu blog...sempre me delicio com suas letras. Parabéns e obrigada pela visita também.
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