no arrastar da noite de domingo, passo, com a cabeça recostada no vidro do carro, pelas vitrines com dezenas de vestidos de noiva.
a luz direta, na umidade escura da rua, reflete-se nos babados de maneira desgastante.
são brancos, são champagne, são nude, são beges... no fundo são patéticamente brancos.
são de tule, tafetá, cetim e seda.
são de pano.
são evasês, drapeados, com rendas, nervuras, vidrilhos e pérolas.
são todos iguais,
cada vez mais hipócritas.
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