quinta-feira, 9 de abril de 2009

whatafuck?!

tive um twitter por pouco mais de 24 horas, no ano passado, por pura obrigação acadêmica, quando uma professora modernosa resolveu dar uma prova pela ferramenta.
não fui contra, mas não pode-se dizer que a atividade foi levada a sério.
o fato é que nesses momentos em que pude desfrutar da futilidade "twittana", me dei conta da crescente tendência de minimizar.
por que isso veio à tona agora?
simples, onde eu olho eu vejo a palavra "twitter" e, pra quem não sabe (onde você esteve?), a principal característica dessa praga é ter míseros 140 caracteres a disposição do autor (pra se ter noção, só a primeira frase desse post tem 160 caracteres!).
fora que as postagens, na esmagadora maiorias dos perfis, contentam-se em informar inutilidades do tipo "estou no banho", "estou esfregando a barriga do meu cachorro", "acabei de voltar do shopping" e por aí vai...
outros perfis tem o objetivo de copiar e repassar links (interessantes ou não), ou pior, simplesmente colecionar seguidores.
essa haikailização, somada à incrível falta de criatividade e de crítica dos usuários, simplesmente me assusta.
não me refiro só ao twitter.
jornais televisivos ou radiofônicos e suas notícias-pílulas, o medo de livros grossos, a conversa sms, o termine logo, aprenda rápido, o volte depressa e as conclusões. ah... as conclusões!
o processo natural de ter contato com o assunto>entender>refletir>concluir, foi amputado!
pula-se do ficar sabendo para a conclusão-senso-comum.
ninguém discute, ninguém pensa, só cumprem ordens, seguem a lei natural da vida (?!) e concordam, e se conformam e vão levando.

Um comentário:

bea disse...

solidarizando e ofendendo, pudim.