terça-feira, 18 de novembro de 2008

manú

essa noite precisava de respostas.
não pedi respostas, nem dei alguma.
apenas segui o caminho habitual.
subi na escada que subia e, como se brotasse do chão, ela foi surgindo.
a garota surgia.
a escada surgia.
na minha frente, um pouco mais magra do que eu me recordava, uma das muitas garotas as quais eu costumava odiar há dois anos atrás, encontrava-se fumando.
cumprimentei-a como se ela fosse minha melhor amiga.
abracei-a forte. contei e escutei novidades. rimos.
não era uma antipatia adolescente se dissipando.
mais provável que fosse uma necessidade de me auto-mapear.
nada que os sentidos dela captaram a meu respeito era falso.
não sei se a recíproca é verdadeira.
desejei-lhe sorte e continuei a andar.

é esquisita a facilidade com a qual se pode ignorar o passado, caso isso lhe seja conveniente e confortável no presente imediato.

Um comentário:

Grazi. disse...

é nuns momentos desses que a gente pode se tocar de algum preconceito nosso e superar esse tipo de coisa.
ou só aproveitar o momento, subir as escadas e no dia seguinte se odiar de novo. hehe ;p