terça-feira, 16 de setembro de 2008

os de papel

eu não tenho estante. mas tenho livros.
eles se acotovelam em uma prateleira crua.
gostaria de ter mais do que tenho.
e quem não gostaria?
ainda assim, há uma pequena porcentagem dos que ainda não foram lidos.
ou melhor, dos que ainda não foram terminados.
cada livro é um pouco de mim.
talvez eu seja um pouco, em cada livro.
talvez eu seja mesmo somente nas entrelinhas.
nada alcança a profundidade que um livro pode alcançar.
minha tecnofascinação sem tomada.
marco páginas com uma dama de copas.
influências.
já são muitos os baralhos incompletos.
marco passagens que me fazem sentido.
com lápis, caneta, marca-texto.
não importa.
já tive pudores.
não os conservo mais.

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