segunda-feira, 4 de agosto de 2008

na cova dos leões, ou: como prender uma abelha numa bola de sabão.

quando a luz acendeu ela chorava. eu nunca.
ela me convenceu a descer aquela escada que sempre me apavorou por despertar uma sinapse irreversível.
hesitei. passei os olhos (ah, os olhos...) pelos papéis coloridos na parede e foi como aprender a história do universo em dois segundos. desci.
papel velho e elvis. não descarto a possibilidade de estes serem os principais ingredientes para aquilo que alguns chamam de “sentido”.
respirei fundo e agradeci por não ser alérgica a nostalgia.
colhi uma angústia entre os ramos de metal e, por ser aquele mês do ano, uma maçã no escuro para aquela.
mas talvez aquela não tenha fome de mim.

Um comentário:

sorriso de mona lisa disse...

a menos que tenha entranhas de ferro, aquela é insaciável.