terça-feira, 29 de julho de 2008

genaro, meu bem.

quando o garçom da pastelaria burguesa, vizinha à minha casa, começou a assobiar “maria chiquinha” enquanto guardava as mesas para fechar o estabelecimento, eu não acreditei.
era cômico demais pra ser real.
mas lá estava ele, quase meia noite em seu uniforme azul, dobrando mesas e assobiando.
por que raios “maria chiquinha”?
ele é novo, cara de primeiro emprego e fã em potencial da jovem pan.
o que, afinal, serviu de gatilho para que “maria chiquinha” fosse brutalmente empurrada do inconsciente para o consciente?
de repente me dei conta de que esses são momentos plenos.
o dele, não o meu.
você pode imaginar a paz de espírito que uma pessoa precisa ter para, depois de um dia de trabalho, servindo pastéis de 12 reais para crianças vestidas de mini-adultos, conseguir assobiar “maria chiquinha”?
constatar isso foi quase uma inveja.

Um comentário:

Grazi. disse...

coragem! 12 reais/pastel, e maria chiquinha...o cara é praticamente um herói!